Cartaxo, 25 de janeiro de 1985. O dia seguia como tantos outros de inverno, cinzento e chuvoso. A então vila prosseguia no seu ritmo habitual das sextas-feiras.

Era ainda hora de trabalho, para muitos, e de aulas, para outros.

De repente, tudo mudou. Os relógios assinalavam 16.30 quando uma grande explosão se fez ouvir. Numa altura em que ainda não havia telemóveis e nem todos tinham telefone, a notícia rapidamente se espalhou. Tinha havido uma explosão na Escola Secundária, inaugurada há apenas cinco anos.

Num ápice, as ruas encheram-se de gente - pais, familiares, amigos - que procurava os seus filhos.

O vai e vem das ambulâncias era frenético, o trabalho para salvar todos quantos tinham sido afetados pela catástrofe, interminável.

Passaram 40 anos. As marcas - físicas e, sobretudo, psicológicas - continuam a assombrar todos quantos lá estiveram.

Hoje, 25 de janeiro de 2025, revisitamos esse dia mas, sobretudo, abrimos uma janela de esperança para o futuro com duas das vítimas deste grave acidente: Rosabela e Helena Sereno.