A revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) do Cartaxo continua sem grandes avanços. Em curso desde 2002, não há nada novo a registar, segundo o vice-presidente do Município Pedro Reis, que não poupa críticas ao processo e à intransigência de alguns técnicos das entidades competentes que, segundo realçou, “alguns deles até tenho dúvidas que conheçam o Cartaxo”.
A revisão implica a aprovação de 16 entidades diferentes em conferências decisórias, “e chegar a acordo com todas elas não é impossível”, mas em 308 municípios “devemos ter 20 PDM’s aprovados”, acrescentou.
Por isso, Pedro Reis considera que “as pessoas que têm o voto popular, que têm de decidir a vida das pessoas e a gestão dos territórios têm de ter uma margem significativamente maior para decidir sobre a gestão desses territórios. Não é um senhor do ICNF, com todo o respeito pelo técnico do ICNF que está a fazer o trabalho, e é o que diz lá no algoritmo que ele visita todos os dias no computador, mas não é ele que vai dizer, por absurdo, porque existe uma árvore na borda da estrada não se pode construir um armazém de 10.000 metros. Mas é ele que decide, não somos nós, Câmara Municipal que decide”.
A próxima conferência decisória é com a APA, “e nós já andamos aqui há tempo suficiente para percebermos quem são os responsáveis para o não desenvolvimento” de algumas freguesias.
Por isso, o autarca considera que “nós todos, os partidos todos, quem vier por bem para estes processos, temos de ter coragem de enfrentar estes organismos centralizados em Lisboa, que decidem, e mal, na minha perspetiva, e fazem a gestão do nosso território”.