O projeto Bata Branca, implementado no concelho de Benavente pela Misericórdia local, em contrato com a Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo , pode ter os dias contados.

O projeto, que visa colmatar a falta de médicos de família, está em vigor até final de junho, mas Domingos dos Santos, o novo provedor da Misericórdia de Benavente, diz que a continuidade do projeto vai depender de vários fatores.

Benavente apenas conseguiu captar três médicos, um para o polo de Santo Estevão, a cumprir 35 horas semanais, em 40 horas contratualizadas, e dois em Benavente, que preenchem 40 das 48 horas contratualizadas. No caso do clínico de Santo Estevão, parece não haver vontade do médico de ir para além das 35 horas.

A questão monetária também é importante. A Misericórdia fica com 5 euros em cada 27 euros, valor automaticamente compensado pelo município, e os médicos recebem a totalidade. No entanto, que consegue cobrir esse valor e como tal cada médico não deixa de auferir os 27 euros. Mas a Misericórdia tem necessidade de cativar essa verba por causa do trabalho administrativo inerente. Domingos dos Santos garante a disponibilidade da instituição para colaborar, depois de avaliada a situação. No entanto, salienta que não deverá ser possível reter ou sequer aumentar o número de clínicos.